Dicas de viagem: Guia prático para Cuba – 2ª parte

Na 1ª parte deste guia prático falámos de várias dicas de viagem que devemos levar em conta antes de viajar para Cuba. Agora, nesta 2ª parte do guia, tentámos reunir dicas sobre a viagem propriamente dita. Há Internet? Onde ficar? Como fazer com o dinheiro? Esperamos que gostem!

Podem ver o nosso percurso completo aqui

Como funciona a Internet?

O acesso à Internet em Cuba não é como nós o conhecemos. Mesmo nos hotéis e restaurantes não existe o conceito de Wi-Fi grátis. A Internet em Cuba é totalmente controlada pela empresa governamental ETECSA. Para aceder à Internet é preciso encontrar um local com sinal Wi-Fi e ter um cartão da ETECSA. Este cartão pode ser adquirido nos hotéis com o custo de 1CUC para 1 hora de acesso ou na rua um pouco mais caro: 2CUC para a mesma 1 hora. No cartão encontramos um login e uma password que temos que inserir no browser quando estivermos numa zona com sinal Wi-Fi. O cartão pode ser usado as vezes que quisermos até esgotarmos os minutos.

Cartão de Internet em Cuba
Cartão de Internet em Cuba

A velocidade da Internet até foi melhor do que esperávamos. Conseguimos enviar fotos e vídeos e até fazer video-chamadas. Mas, claro, notámos que quantas mais pessoas usavam a mesma rede mais a velocidade era afetada.

DICA: Em Varadero ficámos no Hotel Melia Varadero e usufruímos do serviço chamado The Level. Uma das vantagens desde serviço é Internet gratuita. A nossa surpresa foi que em vez de nos oferecerem cartões de 1 hora, os cartões eram de 1 dia (24 horas) e podiam ser usados em qualquer lugar em Cuba com acesso Wi-Fi. Não conseguimos descobrir se é possível comprar esses cartões.

Credenciais de Internet - Hotel Melia Varadero The Level
Credenciais de Internet – Hotel Melia Varadero The Level

Qual a melhor forma de nos deslocarmos?

A escolha de transporte é sempre muito pessoal e depende do tipo de viagem que estamos a fazer. É importante ter consciência que os transportes em Cuba são bastante caros. Uma boa fatia do nosso orçamento foi gasta em transportes.

Nas deslocações terrestres optámos maioritariamente pelos autocarros Viazul. Os autocarros eram confortáveis, foram sempre pontuais e o preço era mais simpático que o dos táxis.

No entanto, em alguns casos, considerámos que o táxi nos dava mais liberdade de horário e de percurso e que justificava a diferença de preço. Um exemplo disso foi a viagem de Cayo Coco para Trinidad.

Táxis Clássicos em Havana
Táxis Clássicos em Havana

Para conhecermos as cidades andámos sempre a pé e deixámo-nos perder nos recantos de Cuba :). Outras opções de transporte nas cidades são os cocotaxis, os bicitaxis e as carruagens puxadas a cavalos.

Onde ficar: casas particulares ou hotéis?

Bem, nós ficámos nos dois sítios. As casas particulares dão uma oportunidade incrível de conhecer mais de perto a verdadeira Cuba, de privar com os locais e até provar a comida caseira deles. É super seguro e os cubanos são muito prestáveis e hospitaleiros. Nós ficámos em casas particulares ao visitar cidades porque queríamos estar mais perto da realidade cubana e recomendamos vivamente.

Nas zonas de praia, optámos por ficar em resorts porque íamos mais para descansar e aproveitar o dolce far niente.

Como fazer com o dinheiro?

Existem duas moedas oficiais em Cuba: o peso cubano (CUP) usado pelos locais e o peso cubano convertível (CUC) usado por estrangeiros e indexado ao dólar americano (USD).

Em Cuba não é fácil levantar dinheiro. Há poucos ATMs e em alguns locais (por exemplo nos Cayos) não encontramos nenhum. Quando chegamos ao aeroporto de Cayo Coco só havia um guichet para trocar dinheiro e foi a uma taxa claramente inflacionada. Para trocar dinheiro é aconselhado levar Euros porque sobre USD incide uma sobretaxa.

Em Havana encontramos alguns ATMs, especialmente na Calle Obispo. O levantamento é um CUC mas a transação é automaticamente processada em USD, sendo cobrada uma taxa fixa de 3% por levantamento. Esta taxa é também cobrada em pagamentos com cartão, apesar de não ser habitual um estabelecimento aceitar cartões. O nosso cartão de crédito da Cofidis da rede Mastercard funcionou sempre. Mas, pelo que lemos, a rede American Express não funciona em Cuba.

Apesar de não ter acontecido connosco, lemos alguns relatos de que, por vezes, o troco é dado na moeda local – CUP – em vez de em CUC. É conveniente ter atenção a isso porque a conversão é 1CUP = 25 CUC.

Que idioma falar?

Os cubanos em geral são pessoas cultas e falam o indispensável de inglês, nomeadamente nos hotéis e restaurantes. No início da nossa viagem começámos por falar inglês, mas depois acabámos por ir falando espanhol (ou o portunhol que sabíamos) porque sentíamos que facilitava a comunicação. Os cubanos são impecáveis e falavam devagar para nós percebermos e até nos ajudavam com as palavras que não conhecíamos!!

O que comprar?

Obviamente o forte em Cuba são charutos e rum. É comum irmos a passar na rua e alguém perguntar se queremos “puros”. Os preços são tabelados, por isso se virem alguma coisa com grande “desconto” é de desconfiar. Nas lojas de rua encontramos as lembranças normais – ímanes, canetas, caixas mágicas, chapéus, quadros – e os preços também não variam muito.

Podem ler a 1ª parte deste guia prático aqui

Esperamos que tenham gostado deste guia prático e que usem estas dicas na vossa viagem a Cuba. Faltam dicas? Deixem-nos um comentário!

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